O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse nesta segunda-feira (14) que o governo sudanês deve garantir a segurança do pessoal da ONU e dos trabalhadores de entidades humanitárias no país. Segundo Ban, isso deve ocorrer independentemente do fato de um promotor da Tribunal Penal Internacional (TPI) ter apresentado acusações de genocídio contra o presidente sudanês, Omar al-Bashir. "A paz e a justiça devem caminhar lado a lado", disse o chefe da ONU após o procurador da Corte de Haia pedir a um grupo de juízes a expedição de um mandado de prisão contra Bashir.

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Porém Ban deixou claro que sua preocupação principal era garantir a integridade dos capacetes azuis presentes na região de Darfur, oeste sudanês. O ministro de Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, também demonstrou preocupação com o tema, em breve declaração após um encontro dos dois. O promotor Luis Moreno-Ocampo pediu ao painel de três juízes do TPI em Haia na Holanda, que emitisse um mandado de prisão contra Bashir para impedir a morte de cerca de 2,5 milhões de pessoas que continuam sendo atacadas pela milícia Janjaweed, apoiada pelo governo sudanês.

Ban foi cuidadoso ao tratar da decisão do promotor. "O TPI é independente", disse. Um comunicado da União Européia enfatizou a importância de uma solução política para a crise de Darfur. Na última quarta-feira, a ONU anunciou que sete capacetes azuis de uma força conjunta da ONU e da União Africana foram mortos e 22 feridos, durante um confronto com cerca de 200 homens armados em Darfur.

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