O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, visitou nesta quinta-feira (22) a região devastada pelo ciclone ocorrido em 2 e 3 maio em Mianmar. Numa tentativa de abrir as portas do país governado por militares para que os 2,5 milhões de sobreviventes recebam ajuda internacional, Ban ressaltou, em encontro com o primeiro-ministro Thein Sein, que a ajuda internacional deve ser agilizada o quanto antes, pois a crise excede a capacidade de o governo fazer algo, segundo informou um oficial da ONU.

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Ban foi de helicóptero para o delta Irrawaddy, região principal de plantação de arroz, onde mais de 78 mil pessoas morreram em decorrência do ciclone. Outras 56 mil pessoas estão listadas como desaparecidas.

"A ONU e todas as comunidades internacionais estão aqui para ajudar o país a superar a tragédia", disse Ban. "O principal motivo de eu estar aqui é para demonstrar solidariedade".

Mas ativistas também querem que Ban se encontre com o líder pró-democracia preso Aung San Suu Kyi e pedem sua liberação. A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz foi confinada a ficar em sua casa no campo nos últimos 18 anos e seu período de detenção expira na segunda-feira. O encontro não constava no itinerário da visita de Ban ao país.

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