Ban Ki-moon encerra hoje 10 anos sob o comando da Organização das Nações Unidas (ONU), lamentando os “incêndios ainda queimando” da Síria ao Sudão do Sul, mas estimulado por um acordo global para combater a mudança climática e os novos objetivos da ONU de combater a pobreza e a desigualdade.

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Como ato final antes que seu mandato termine à meia-noite na véspera de ano-novo, o secretário-geral apertará o botão que dá início à descida da esfera brilhante de 11.875 libras-peso na Times Square, em Nova York, na contagem regressiva até a chegada de 2017. A partir daí, o ex-primeiro-ministro português, Antonio Guterres, iniciará seu mandato como chefe das Nações Unidas nos próximos cinco anos.

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Fazendo um balanço de sua administração das Nações Unidas em uma entrevista coletiva de despedida no início deste mês, Ban disse a jornalistas que “esta foi uma década de teste incessante”. Embora tenha visto a ação coletiva melhorar milhões de vidas, ele expressou

frustração pelo fracasso em acabar com a guerra da Síria, agora em seu sexto ano, e com os conflitos no Sudão do Sul, no Iêmen, na República Centro-Africana e no Congo, entre outros.

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Em rara crítica aos líderes mundiais, ele culpou presidentes, primeiros-ministros e monarcas, sem citar nomes, pela turbulência no mundo de hoje e expressou desapontamento com o fato de muitos se preocuparem mais em manter o poder do que em melhorar a vida de seus povos. Ele destacou a Síria, dizendo que não consegue entender por que o país está sendo refém do “destino” de um homem, Bashar Assad.

Ban disse que, mesmo depois de deixar a ONU, continuará insistindo com novos e antigos líderes para que abracem o “fato preeminente do século XXI”, de que “a cooperação internacional continua sendo o caminho para um mundo mais pacífico e próspero”, e para que demonstrem “liderança compassiva”. Fonte: Associated Press.