O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, declarou nesta quarta-feira que o mundo está em crise e pediu aos líderes globais que tomem atitudes para salvar o planeta, evitar conflitos e declarou seu apoio aos países do Oriente Médio e da África em sua busca pela democracia.

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Em seu discurso anual a presidentes, primeiros-ministros e monarcas dos 193 países membros da ONU, Ban destacou a Síria como “preocupação especial”, acusando o governo do presidente Bashar Assad de renegar as promessas de reformas e exigindo o fim imediato dos seis meses de violência no país.

Mas durante a reunião ministerial deste ano da Assembleia Geral, os holofotes estarão dirigidos para o pedido de reconhecimento da Palestina como membro da ONU.

Ban disse que os palestinos merecem um Estado, Israel precisa de segurança e o impasse sobre a retomada das negociações precisa ser encerrado. Ele prometeu que a ONU fará “incessantes esforços para ajudar na conquista da paz por meio de um acordo negociado”.

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Mas seu discurso se concentrou nas ações que os líderes podem tomar em face da crise econômica mundial que, segundo ele, “continua a agitar empresas, governos e famílias em todo o mundo”, aumentando o desemprego, ampliando a desigualdade social e deixando “muitas pessoas com medo”.

“Como podemos ajudar nosso povo a encontra mais paz, prosperidade e justiça num mundo de crise?”, questionou Ban. Para responder a esse desafio, o secretário-geral da ONU pediu aos líderes mundiais que tomem medidas para salvar o planeta por meio de acordos vinculantes que tratem das mudanças climáticas e acelerem o crescimento econômico para tirar as pessoas da pobreza.

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Ao pedir o apoio aos países que passam de regimes autoritários para a democracia, Ban disse que os eventos dramáticos deste ano no Oriente Médio e no norte da África “nos inspirou”.

“Ajude-nos a fazer da Primavera Árabe uma estação de esperança para todos”, disse o secretário-geral.

O presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser, do Catar, saudou o Sudão do Sul como o mais novo membro da ONU e disse que a questão palestina será “particularmente crucial” durante esta sessão. Ele disse que está empenhado em manter a imparcialidade se a questão palestina foram apresentada na Assembleia. As informações são da Associated Press.