Ban defende medida da ONU e ação militar na Líbia

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, defendeu hoje as medidas tomadas pelo Conselho de Segurança da entidade, que aprovou a zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Ban afirmou que “medidas fortes e decisivas” eram possíveis devido ao apoio dado, em março, pela Liga Árabe para que a ONU impusesse a zona de exclusão. “É importante que a comunidade internacional fale com uma voz única para implementar a segunda resolução do Conselho (de Segurança)”, disse.

As declarações se referem à resolução do conselho que aprova ações militares para impedir que forças do governante líbio, Muamar Kadafi, ataquem civis. A afirmação de Ban também foi uma resposta ao secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, que havia criticado os ataques aéreos da coalizão internacional.

Moussa causou controvérsias ontem, ao se posicionar contra os ataques aéreos. Segundo ele, esses ataques excedem a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança. “O que ocorreu na Líbia difere do objetivo de se impor uma zona de exclusão aérea. O que nós queremos é a proteção de civis e não outros civis bombardeados”, disse Moussa.

Hoje, o secretário árabe disse que sua fala foi “mal interpretada”. Ele afirmou estar comprometido com a resolução, mas observou que ela não prevê a invasão por terra. “Nós estamos trabalhando em coordenação com as Nações Unidas para proteger os civis na Líbia.”

Apoio no Golfo

O Conselho para a Cooperação do Golfo, organização que representa Estados árabes conservadores do Golfo Pérsico, defendeu hoje a ação militar na Líbia, dizendo que ela não é uma “intervenção”. “O que está ocorrendo agora não é uma intervenção, mas a proteção das pessoas de um banho de sangue”, afirmou Abdel Rahman bin Hamad Al Attiyah, secretário-geral da entidade.

Os membros do Conselho para a Cooperação do Golfo são Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes, Catar, Omã e Bahrein. Ontem, o Catar tornou-se a primeira nação árabe a se unir à ação internacional contra o governante Muamar Kadafi, informando que estava enviando jatos à Líbia para ajudar a cumprir a resolução da ONU.

Os Emirados Árabes e o Catar estão participando da coalizão, segundo Al Attiyah. Falando em Abu Dabi, durante uma conferência, ele não disse qual a ação dos Emirados Árabes nessa iniciativa. O ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, xeque Abdullah bin Zayed al-Nahyan, também presente no evento, recusou-se a comentar o envolvimento de seu país na coalizão contra Kadafi. As informações são da Dow Jones.

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