Aviões de guerra do governo sírio bombardearam uma aldeia predominantemente sunita, matando pelo menos 20 pessoas, disseram ativistas da oposição neste sábado. As forças do governo pressionam para retomar território no reduto ocidental da facção alauíta do presidente Bashar Assad.

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A região montanhosa perto do Mar Mediterrâneo abriga vilarejos povoados por muçulmanos sunitas, que dominam as fileiras rebeldes. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo ligado à oposição, com sede em Londres, disse que caças atingiram um vilarejo sunita, Salma, na sexta-feira, e que pelo menos metade dos mortos era formada de combatentes. O grupo informou ainda conflitos entre tropas e rebeldes em torno nas montanhas de Jabal al-Akrad no sábado, mas não tinha relatos de vítimas do confronto.

Na semana passada, a captura de 11 aldeias na província de Latakia, bastião do regime, pelos rebeldes foi um golpe simbólico para Assad, cujas tropas têm avançado no centro da Síria e em torno da capital Damasco. As forças de Assad estão agora tentando retomar essas aldeias, predominantemente povoadas por alauítas, uma ramificação dos xiitas islâmicos.

Os meios de comunicação estatais informaram neste sábado que tropas do governo recapturaram três de 11 aldeias das mãos dos rebeldes. Ativistas confirmaram a perda de uma aldeia, mas disseram que ainda disputavam o controle nas outras duas.

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Também neste sábado, o presidente do Curdistão iraquiano ameaçou intervir na vizinha Síria para defender a grande população curda que lá vive de combatentes ligados a Al-Qaeda. A declaração de Massoud Barzani ocorre após semanas de confrontos em partes predominantemente curdas do nordeste da Síria, perto da fronteira com o Iraque, entre milícias curdas e facções extremistas islâmicas contrárias ao regime de Assad. Os combates já mataram dezenas de ambos os lados.

Barzani ordenou uma investigação para verificar os relatos de conflitos. Ele afirmou que, se os curdos sírios estiverem realmente ameaçados por “assassinatos e terrorismo”, o Curdistão iraquiano “irá fazer uso de todas as suas capacidades para defender mulheres, crianças e outros cidadãos no Curdistão ocidental”. Na Síria, os curdos representam cerca de 10% dos 23 milhões de habitantes do país. Fonte: Associated Press.

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