A companhia aérea Spanair informou hoje que o avião MD-82 que se acidentou quarta-feira (20) no aeroporto de Barajas, em Madri, sofreu superaquecimento numa válvula de entrada de ar antes de uma primeira tentativa de decolagem ter sido abortada. Mas não ficou claro se o problema teria relação com o desastre que matou 153 pessoas. A aeronave com 172 pessoas a bordo, que seguiria para as Ilhas Canárias, saiu da pista na sua segunda tentativa de decolar, bateu e se incendiou. Dezenove pessoas que sobreviveram à tragédia.
Segundo a companhia aérea, o piloto do MD-82 da empresa reportou inicialmente um problema com um dispositivo de temperatura na parte externa da aeronave. Isso fez com que o vôo sofresse atraso de uma hora até a reparação do problema.
Javier Mendoza, porta-voz da companhia, disse que o dispositivo, posicionado no bico do avião, sob a cabine de comando, estava superaquecido e que os técnicos o desconectaram para corrigir o problema. De acordo com ele, trata-se de procedimento habitual.
Os técnicos da Spanair declararam o avião apto para voar depois de reparar o problema, mas o avião caiu no final da pista durante a segunda tentativa de decolagem. A aeronave pegou fogo e foi quase totalmente destruída. A causa do acidente ainda é desconhecida e peritos investigam a tragédia.