Audiência sobre extradição de Cacciola já dura 2 horas

Já dura mais de duas horas a audiência do Tribunal de Apelações da Justiça do Principado de Mônaco para decidir sobre o processo de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Os três juízes do tribunal estão ouvindo os argumentos da defesa e da Procuradoria Geral, que pede a extradição, e devem tomar uma decisão hoje. Ainda não há certeza se o veredicto será anunciado hoje ou nos próximos sete dias, mas de qualquer forma a decisão ainda dependerá do aval do príncipe Albert II.

Cacciola, que está preso em Mônaco há cinco meses, chegou ao Tribunal de Apelações escoltado por policiais, no início da tarde (por volta das 10 horas, de Brasília). O seu advogado, Frank Michel, disse que estava otimista quanto à decisão e informou que insistiria na defesa da tese de que o julgamento que condenou Cacciola a 13 anos de prisão no Brasil foi marcado por irregularidades e por isso seu cliente não devia ser extraditado.

O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma, que acompanha o processo, disse, em entrevista, que o processo que resultou na condenação do ex-banqueiro não tem falhas do ponto de vista técnico e formal. Por isso, declarou-se otimista com o desfecho do caso , afirmando que, se a extradição foi concedida, Cacciola poderá ser transferido para o Brasil em 20 dias.

Se tiver de voltar ao Brasil, Cacciola responderá pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta cometidos durante a crise cambial do real, em janeiro de 1999, que lhe valeram a pena de 13 anos de prisão à qual está condenado no Brasil. À época, o ex-banqueiro era proprietário do Banco Marka, que, ao lado do Banco Fonte Cindam, foi responsável por um prejuízo avaliado em R$ 1,57 bilhão.

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