Ativistas são presos por ‘oposição’ nos Emirados Árabes

Cinco ativistas dos Emirados Árabes Unidos foram detidos por terem assinado, no mês passado, uma petição pró-democracia. Eles foram acusados de “oposição ao governo”, informou hoje a agência estatal de notícias.

Os ativistas foram interrogados por “perpetrar atos que representam uma ameaça à segurança do Estado” e insultar os governantes de Abu Dabi, dentre eles o príncipe da coroa xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, que vai se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, amanhã.

Entre os ativistas detidos estão o blogueiro Ahmed Mansour e o economista e professor Nasser bin Ghaith, ambos presos em Dubai no início do mês. Não se sabe quando os outros três ativistas mencionados foram presos. As informações da agência estatal não revelam se algum dos cinco ativistas foi indiciado por algum crime.

A atividade política é severamente restrita nos Emirados Árabes Unidos, uma aliança de sete Estados semiautônomos aliada dos EUA. Cada reinado é governado por um xeque, que conquista o cargo por hereditariedade. Não há grupos oficiais de oposição e partidos políticos são proibidos.

A federação não tem registrado manifestações pró-reforma como as que se espalharam por vários países do Oriente Médio e derrubaram os líderes da Tunísia e do Egito no início do ano. No mês passado, porém, numa medida sem precedentes no país, 130 pessoas assinaram uma petição exigindo mudanças constitucionais e parlamentares, eleições livres e a distribuição mais equitativa da riqueza do país.

Abu Dabi é o maior e mais rico emirado do país e é controlado pela dinastia Al Nahyan, que também tem poder considerável sobre emirados menores, incluindo Dubai. O Parlamento federal serve apenas como uma entidade de aconselhamento. Seus 40 integrantes são indicados diretamente pelos xeques ou eleitos por um grupo de cidadãos escolhidos pelos governantes para votar. As informações são da Associated Press.

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