Uma coalizão de grupos de direitos humanos divulgou hoje os nomes de 39 supostos terroristas que estariam sendo mantidos presos em segredo pelos Estados Unidos. A relação dos chamados "presos fantasma" foi montada com base em entrevistas com antigos prisioneiros e autoridades dos Estados Unidos, Paquistão Afeganistão e Iêmen, informou a Anistia Internacional, o Human Rights Watch e outros quatro grupos ativistas. "A grande questão agora é saber onde estão essas 39 pessoas e o que aconteceu com elas desde que ‘desapareceram’", afirmou, por meio de uma declaração, Joanne Mariner, porta-voz da Human Rights Watch.
Por sua vez, o porta-voz da CIA, Paul Gimigliano, disse que "existem muitos mitos fora do governo quando se trata da CIA e da luta contra o terrorismo". "A única e simples verdade é que atuamos de acordo com o direito americano e nossas iniciativas antiterroristas – que estão submetidas a uma cuidadosa revisão e supervisão – têm sido muito efetivas na desarticulação de ataques e na manutenção de vidas humanas", afirmou Gimigliano.
No relatório, os grupos ativistas reconhecem que algumas informações sobre os supostos detidos desaparecidos foram incompletas. Alguns detidos foram acrescentados à lista porque Marwan Jabour, um islâmico que afirma ter permanecido sob custódia da CIA por dois anos, recordou das fotos mostradas a ele durante os interrogatórios. Outros foram identificados apenas pelo primeiro nome ou pelo sobrenome, com "al-Rubaia", que foi adicionado à lista depois que um outro detido afirmou ter visto o sobrenome escrito na parede de sua cela.