Dois ativistas que investigavam execuções extrajudiciais no Quênia foram mortos no Quênia. Segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos do país africano, o assassinato dos dois faz parte de um padrão de eliminação de pessoas que levantam acusações sobre esquadrões da morte na polícia. Oscar Kamau Kingara e John Paul Oulu foram assassinados com tiros à queima-roupa quando o carro no qual viajavam ficou preso em um congestionamento nas proximidades da Universidade de Nairóbi. Kingara era o presidente da Fundação Oscar, que havia divulgado um relatório sobre execuções e desaparecimentos de milhares de quenianos que estavam sob custódia da polícia. Oulu era um diretor da mesma entidade.

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No mês passado, os dois haviam se reunido com Philip Alston, comissário especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para execuções extrajudiciais. A dupla ofereceu a ele depoimentos sobre execuções promovidas pela polícia em Nairóbi e na província central. No momento do assassinato, os dois dirigiam-se a uma reunião com um integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia, disse Alston, que pediu a realização de uma investigação independente do duplo homicídio.

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