Ativistas da Síria convocam grandes protestos para esta sexta-feira, com o objetivo de forçar o regime a aceitar um plano da Liga Árabe para encerrar a repressão a dissidentes. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, e os Comitês de Coordenação Locais afirmaram que sete pessoas foram mortas hoje depois de milhares de pessoas terem saído às ruas de Homs, no centro do país.
Os protestos geralmente ocorrem em maior grau após as preces muçulmanas da sexta-feira. Ativistas disseram que pelo menos 18 pessoas morreram em Homs na quinta-feira, por causa da repressão das forças de segurança a protestos.
A Liga Árabe pressiona Damasco a encerrar os quase oito meses de repressão. Vários grupos convocaram um dia de protestos para testar se o regime usará a força contra manifestantes contrários ao governo. Mais de 1.300 pessoas morreram na repressão, segundo a ONU.
Em meio aos protestos, o Ministério de Interior da Síria anunciou hoje uma anistia para todos os rebeldes que entregarem suas armas até 12 de novembro. O comunicado foi feito por intermédio da televisão estatal síria.
“O Ministério de Interior convida a todos aqueles que têm armas e também aqueles que venderam, distribuíram, compraram ou financiaram armas e não cometeram nenhum crime que se apresentem e entreguem suas armas na delegacia de polícia mais próxima a partir de amanhã até 12 de novembro”, dizia o anúncio.
Os cidadãos que atenderem ao chamado “serão liberados e anistiados”, assegurou o governo. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.