Um funcionário iraquiano descontente abriu fogo nesta segunda-feira (23) contra soldados americanos que vigiavam uma reunião de vereadores em uma câmara municipal ao sudoeste de Bagdá, matando dois militares e ferindo outros quatro americanos, informaram oficiais americanos e iraquianos.
O atacante morreu na troca de tiros que se seguiu ao incidente, que aconteceu na cidade de Madain, cerca de 25 quilômetros ao sul de Bagdá, uma área onde são antigas as tensões entre islâmicos sunitas e xiitas.
O Exército dos EUA confirmou que dois soldados americanos foram mortos e que quatro americanos, incluído um intérprete civil, foram feridos. O Exército dos EUA não forneceu mais informações, exceto a de que o atacante foi morto.
Oficiais americanos disseram, no entanto, que os soldados foram atacados quando deixavam o prédio, perto das 13h (horário local).
"O atacante desceu do seu carro com um rifle AK-47 já em mãos e começou a atirar nos soldados americanos, até que ele foi morto na troca de tiros," disse Hussein al-Dulaimi, de 37 anos, que tem uma loja de maquinário agrícola na rua.
Al-Dulaimi e um oficial de polícia local disseram que o atacante era um vereador da câmara, afastado pelos xiitas durante a violência sectária de fevereiro de 2006, quando uma importante mesquita xiita foi atacada a bombas.
Mas o Ministério do Interior do Iraque disse que o atirador ainda trabalhava na Câmara de Vereadores, ou no Conselho local.
O motivo para o ataque ainda não está claro. A área de Madain era um centro do programa de produção de armas químicas do ex-ditador Saddam Hussein.