Atentados deixam nove mortos na Caxemira indiana

Um suposto militante islâmico jogou nesta quinta-feira (24) uma granada de mão contra um grupo de trabalhadores migrantes que esperava o ônibus numa parada em Srinagar, a maior cidade da Caxemira indiana. Uma mulher e seus quatro filhos morreram. Em outro ataque, quatro pessoas de uma família foram mortas a tiros por atacantes não identificados em Marmath, um vilarejo 230 quilômetros ao sudoeste de Srinaga.

As autoridades impuseram o toque de recolher em Jammu, a maior cidade com população hindu na Caxemira indiana, estado majoritariamente habitado por muçulmanos. Ataques terroristas contra civis e protestos fazem parte do aumento da agitação, nos últimos meses, na dividida região do Himalaia.

Em Srinagar, Mohammed Afroze, um trabalhador do estado indiano nortista de Bihar, esperava para embarcar no ônibus com sua esposa, Rubeena, e suas quatro crianças, com idades entre 4 e 12 anos. Ele foi o único a sobreviver ao ataque, disse Atul Goel, superintendente da polícia local. “Ele está completamente em estado de choque,” disse Goel. Outras 21 pessoas ficaram feridas no ataque.

O oficial de polícia Hermant Lohia disse que o ataque ocorrido no vilarejo de Marmath foi realizado por rebeldes separatistas, que atacaram a casa de um ex-rebelde, matando também sua esposa, a filha e o sobrinho. Nenhum grupo hindu ou muçulmano assumiu os dois ataques, que resultaram na morte de nove pessoas. A Conferência Hurriyat de Todos os Partidos, uma aliança local de partidos separatistas, publicou um comunicado condenando o ataque com a granada de mão como “uma violência para atingir a economia da Caxemira.

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