Um militante suicida lançou nesta terça-feira (19) um carro repleto de explosivo contra a academia de polícia de Les Issers, um distrito de Boumerdes, cerca de 60 quilômetros ao leste de Argel, capital da Argélia. Pelo menos 43 pessoas morreram e 38 ficaram feridas. Trata-se de um dos mais graves atentados perpetrados no país nos últimos anos. O ataque teria acontecido quando jovens aspirantes estavam em uma fila de inscrição.

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De acordo com testemunhas, a polícia isolou todas as ruas num raio de três quilômetros da academia. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado, mas um grupo ligado à Al-Qaeda tem assumido a responsabilidade por diversos ataques realizados no último ano e meio.

Trata-se aparentemente do pior atentado perpetrado na Argélia em anos. Em dezembro do ano passado, um duplo ataque suicida matou 41 pessoas em Argel, inclusive 17 funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU). Em abril do ano passado, ataques suicidas coordenados contra edifícios do governo e uma delegacia na capital argelina deixaram 33 mortos.

Enquanto isso, jornais locais informaram nesta terça que uma emboscada contra um comboio militar armada no domingo deixou 12 mortos em Skikda, 500 quilômetros ao leste de Argel.

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Mais de 200 mil pessoas – entre supostos extremistas, civis e forças de segurança – já perderam a vida desde o início de uma rebelião islâmica em 1992, quando o Exército cancelou eleições cuja vitória de partidos islâmicos parecia certa.