Pelo menos 32 pessoas morreram em três ataques a tiros separados no nordeste da Nigéria, disseram um funcionário do governo local e moradores da região nesta quinta-feira. Uma faculdade teológica cristã teria sido um dos pontos atacados.
O chefe do governo local do distrito de Madagali, Maina Ularamu, disse que os ataques, que começaram no fim da tarde de quarta-feira, foram promovidos por “um grande número de militantes do Boko Haram” (grupo militante islâmico). “Os homens armados se dividiram em três grupos e, separadamente, atacaram os três locais”, afirmou.
Sobreviventes contaram que soldados fugiram e deixaram cinco aldeias e uma cidade à mercê dos extremistas islâmicos. A recente onda de violência no país ocorre em meio a um levante islâmico. E os militares têm sido alvo de fortes críticas, inclusive da parte do presidente do Senado nigeriano, David Mark, que questionou como “este caos persiste… sob estado de emergência, quando agentes de segurança estão em alerta vermelho”.
Um pastor relatou que um grupo de soldados em menor número e com menos armas do que os combatentes extremistas abandonou postos de controle e fugiu quando aldeias e uma cidade do Estado de Adamawa começaram a ser atacadas.
A Nigéria deu início nesta quinta-feira às comemorações oficiais do centenário da unificação entre o norte muçulmano e o sul cristão.
Na terça-feira, pelo menos 59 estudantes foram mortos em um ataque a uma escola no estado vizinho de Yobe.
O presidente da França, François Hollande, prometeu hoje apoio a Nigéria na luta contra o Boko Haram, dizendo que a França está sempre pronta para ajudar a combater o extremismo em defesa da democracia. “Nós sempre estaremos prontos não só para prestar o nosso apoio político, mas a nossa ajuda cada vez que vocês precisarem porque a luta contra o terrorismo é também a luta pela democracia”, salientou Hollande a delegados de uma conferência de segurança na capital Abuja. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.