Uma nova rodada de ataques aéreos e disparos de tanques israelenses contra a Faixa de Gaza foi realizada nesta segunda-feira. Autoridades do território costeiro disseram que mais dois civis palestinos morreram em decorrência das ações.
Os confrontos já mataram mais de 2.100 palestinos – a maioria civis – desde o início da guerra, em 8 de julho. Do lado israelense, 68 pessoas morreram, das quais apenas quatro não eram militares.
O Exército de Israel disse ter realizado 16 ataques aéreos contra Gaza na manhã desta segunda-feira. Dentre os alvos estavam duas mesquitas, uma das quais seria usada estocar armas e a outra como ponto de encontro de militantes, segundo militares israelenses.
De acordo com o Exército, militantes palestinos dispararam dez foguetes contra Israel nesta segunda-feira, mas todos caíram em campos abertos.
A polícia de Gaza disse que um dos ataques atingiu a casa de Omar al-Bursh, funcionário do Ministério da Justiça de Gaza, que não ficou ferido na ação. Outro ataque aéreo danificou seriamente uma sala de embarque localizada na passagem de fronteira entre Gaza e o Egito, afirmou a polícia.
Uma mulher de 42 anos morreu em decorrência dos ferimentos de um ataque com tanque no norte do território palestino. Um homem de 22 anos morreu nesta segunda-feira depois de ter sido atingido por uma ataque aéreo pouco antes da meia-noite de domingo, informou o funcionário da área da saúde Ashraf al-Kidra.
No domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que a campanha militar de Israel em Gaza vai se estender até setembro.
Desde o início dos confrontos, Israel lançou cerca de 5 mil ataques aéreos contra Gaza, enquanto os militantes do território costeiro dispararam cerca de 4 mil foguetes e morteiros, segundo dados militares israelenses.
Várias rodadas de conversações indiretas no Cairo entre delegações israelenses e palestinas, que incluíram o Hamas, não deram resultados de longo prazo, embora algumas tréguas tenham sido estabelecidas.
Falando em seu gabinete no domingo, Netanyahu disse que a população deve demonstrar paciência. “Eu disse no primeiro dia da operação que levaria tempo e que estávamos preparados para a possibilidade de esta campanha ter de continuar até mesmo após o início do ano escolar”, disse ele.
Embora a população israelense tenha demonstrado amplo apoio à campanha para interromper os disparos de foguetes de Gaza, o governo tem sido alvo de críticas por sua incapacidade de alcançar seu objetivo. A irritação popular tem aumentado principalmente após a morte de um menino de quatro anos, vítima de um morteiro palestino na sexta-feira. Fonte: Associated Press.