Uma seita muçulmana radical matou pelo menos 15 pessoas ma Nigéria nos últimos dois dias, em uma série de ataques que teve como alvo até uma igreja, autoridades disseram neste sábado. A seita, conhecida como Boko Haram, havia prometido matar cristãos que vivem no norte do país, uma região predominantemente muçulmana. Os cristãos, por sua vez, disseram que vão se defender dos ataques, levantando a possibilidade de retaliação.

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Somente nos últimos dias, a Boko Haram matou pelo menos 44 pessoas, apesar de o presidente do país ter decretado estado de emergência nas regiões de atuação da seita.

O presidente da Associação Cristã da Nigéria, Pastor Ayo Oritsejafor, disse neste sábado que os cristãos vão se proteger adequadamente da seita. “Decidimos pensar em meios de nos defender dessas matanças sem sentido”, disse. “Não podemos ficar sentados e observar pessoas sendo mortas como animais todos os dias (…). Isso é inaceitável.”

Em Yola, capital do estado de Adamawa, homens armados cobriram seus rostos com um pano preto e atacaram uma igreja na sexta-feira à noite, matando pelo menos oito pessoas, disse o comissário de polícia Ade Shinaba. Num salão de beleza perto dali, outras três pessoas foram mortas em um ataque parecido.

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Na sexta-feira, um tiroteio entre membros da seita e a polícia em Potiskum, no estado de Yobe, deixou dois mortos. Hoje, membros da seita mataram dois estudantes cristãos a tiros na cidade de Maiduguri, no estado de Borno.

Em resposta à onda de violência, o governador de Adamawa, Murtala Nyako, ordenou um toque de recolher de 24 horas em todo o estado.

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A Boko Haram, cujo nome significa “educação ocidental é um sacrilégio” na língua hauçá, foi responsável por pelo menos 510 mortes apenas no ano passado, segundo contagem da Associated Press.

A reação do governo, no entanto, tem sido lenta. No dia 31 de dezembro, o presidente do país, Goodluck Jonathan, decretou estado de emergência nos estados de Borno, Niger, Plateau e Yobe. Também ordenou que as fronteiras internacionais perto de Borno e Yobe fossem fechadas. Porém, alguns dos ataques recentes ocorreram fora dessas regiões. As informações são da Associated Press.