O ataque em Urumqi, capital da região de Xinjiang, na China, deixou 31 mortos, segundo informações atualizadas da agência estatal Xinhua. Testemunhas disseram que explosivos foram jogados de dois carros antes de eles colidirem na área central da cidade. Um dos veículos explodiu, afirmou a agência.
O Ministério de Segurança Pública da China descreveu o ataque como um “violento caso de terrorismo”. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade. O site de notícias do governo de Xinjiang, Tianshan, informou que há 94 feridos.
O ataque ocorreu pouco antes das 8h desta quinta-feira, no horário local, próximo ao Parque do Povo, no centro de Urumqi. “Eu ouvi quatro ou cinco explosões. Estava com muito medo. Vi três ou quatro pessoas no chão”, disse Fang Shaoying, dono de um pequeno mercado próximo à cena do ataque. Fotos do local postadas na rede social chinesa Weibo mostraram pessoas deitadas, com um grande incêndio a uma certa distância, produzindo enormes nuvens de fumaça.
No mês passado, Urumqi foi alvo de um ataque com bomba a uma estação de trem que feriu 79 pessoas e matou três, incluindo dois que participaram do ataque. Desde então, a segurança na cidade foi aprimorada.
Os ataques na região têm sido atribuídos ao grupo étnico muçulmano uigur, que é contrário ao governo chinês. A tensão entre chineses e uigurs em Xinjiang se mantém há anos, particularmente desde a revolta de 2009 em Urumqui, quando cerca de 200 pessoas morreram, segundo números oficiais.
Ontem, o primeiro-ministro Xi Jinping falou durante a Conferência sobre Interação e Medidas de Construção de Confiança na Ásia (CICA, na sigla em inglês) sobre a criação de uma nova estrutura de segurança na Ásia. “Nós devemos ter tolerância zero com o terrorismo, separatismo e extremismo e devemos fortalecer a cooperação internacional e fortalecer a luta contra essas três forças”, disse.
Na semana passada, a China lançou uma busca internacional para prender Ismail Yusup, acusado de arquitetar o ataque à estação de trem no mês passado. O jornal estatal China Daily publicou que Yusup pertence ao Movimento Islâmico do Turquestão Oriental e que o pedido de busca foi enviado à Interpol. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.