Um homem-bomba atacou neste domingo (18) um mercado lotado na frente de uma base militar do Exército do Paquistão, matando pelo menos dez pessoas – quatro eram soldados – e ferindo 18, informaram funcionários do governo paquistanês. O ataque, que ocorreu na província da Fronteira do Noroeste e foi o mais violento dos últimos dois meses, acontece em um momento em que o novo governo paquistanês se esforça para chegar a um acordo político com os militantes islâmicos, e em meio à suspeita de um ataque americano com mísseis há alguns dias. Nenhum grupo assumiu ainda a autoria do atentado.
O suicida detonou os explosivos entre uma padaria e o portão do Regimento Central do Punjab, na cidade de Mardan. O general Athar Abbas, porta-voz do exército, disse que os quatro soldados mortos faziam o turno da guarda no portão do Regimento, que aparentemente foi o alvo do ataque.
O porta-voz do grupo fundamentalista Taleban no Paquistão não foi encontrado para comentar o ataque. Apenas há alguns dias, um aparente ataque americano de mísseis contra um suposto esconderijo de militantes na região de Bajur matou 12 pessoas e levou a vários protestos de partidos políticos e de funcionários paquistaneses contra Washington. Militantes prometeram se vingar dos Estados Unidos pelo ataque – mas também disseram que continuarão a apoiar as conversações de paz com o novo governo paquistanês.