Ataque de mulher-bomba deixa 24 mortos no Sri Lanka

Uma suposta mulher-bomba suicida provocou a morte de mais 24 pessoas nesta segunda-feira (9) quando soldados cingaleses inspecionavam civis em fuga de uma zona de guerra no norte do Sri Lanka, informou o Exército do país. A primeira ação suicida de grande porte no Sri Lanka em mais de um mês alimenta temores de que os rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tâmil Eelam (LTTE) passem a recorrer a táticas de guerrilha em sua luta contra as forças do governo.

Depois de uma série de vitórias militares, o Exército cingalês encurralou os rebeldes tâmeis em uma estreita faixa de terra na costa nordeste do país. A Cruz Vermelha estima que cerca de 250 mil civis ainda estejam na região. O Sri Lanka acusa o LTTE de usar os civis como escudos humanos e incentiva os não combatentes a fugirem para regiões controladas pelo governo. Os rebeldes acusam o governo de bombardear indiscriminadamente a região, provocando aumento das mortes entre civis.

No momento do atentado, mais de 800 civis já haviam deixado a zona de combate depois de serem inspecionados por soldados, disse o general de brigada Udaya Nanayakkara, porta-voz do Exército. A mulher-bomba detonou os explosivos que carregava consigo quando foi abordada por soldados, matando mais 24 pessoas e ferindo 20, prosseguiu ele.

O Exército de Libertação dos Tigres do Tâmil Eelam (LTTE) luta desde 1983 por uma pátria independente para a minoria tâmil do Sri Lanka no norte da ilha. Mais de 70 mil pessoas morreram em duas décadas e meia de violência. Os rebeldes denunciam que são marginalizados há décadas por governos dominados pela maioria cingalesa do país.

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