Um militante suicida alvejou nesta quinta-feira (8) soldados norte-americanos que patrulhavam a pé o sul do Afeganistão. O ataque causou a morte de três civis e feriu pelo menos outros nove civis. Houve vítimas entre os norte-americanos, mas o número não estava claro.

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A explosão ocorreu após a alegação do presidente afegão, Hamid Karzai, de que 17 civis foram mortos durante confrontos entre soldados das tropas lideradas pelos Estados Unidos e insurgentes no começo da semana. O Exército dos Estados Unidos insiste que todas as 32 pessoas mortas nos confrontos eram militantes.

O ataque ocorreu em uma rua movimentada perto de lojas no distrito de Maywand, na província de Kandahar, segundo Naimatullah Khan, chefe do distrito. Helicópteros levaram as vítimas americanas, disse Khan, sem fornecer nenhum número nem dizer se elas foram mortas ou apenas feridas. Qari Yousuf Ahmadi, porta-voz do Taleban, assumiu a responsabilidade pela explosão.

O Taleban geralmente realiza ataques suicidas contra soldados afegãos e estrangeiros, mas a maioria das vítimas são civis. Segundo estimativa da Associated Press, 1.160 civis foram mortos em incidentes relacionados à insurgência em 2008, sendo 368 das mortes causadas por soldados estrangeiros e do Afeganistão, e 768 pelo Taleban. Os demais civis foram vítimas de fogo cruzado.

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Em um comunicado, Karzai culpou os “terroristas” por usarem civis como escudo humano em seus confrontos com tropas estrangeiras. A Força de Defesa da Austrália afirmou hoje que também está investigando alegações de que soldados mataram ou feriram civis na província neutra de Uruzgan durante uma série de confrontos entre insurgentes do Taleban e forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Austrália mantém cerca de mil soldados no Afeganistão.

Segundo o Ministério do Interior do Afeganistão, 11 civis foram mortos em confrontos no domingo e na segunda-feira. Separadamente, a Otan informou hoje que a explosão de uma bomba à beira de uma estrada matou ontem um de seus soldados em Kandahar.

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