O suposto ex-"assessor de imprensa" de Osama bin Laden afirmou nesta quarta-feira (7) em Guantánamo não reconhecer o procedimento legal ao qual está submetido, durante uma audiência marcada por falha do sistema de iluminação local.
Durante a audiência para a incriminação formal do iemenita Al Hamza Ahmad Suliman al Bahlul, acusado de ter sido o chefe do aparato de relações externas da Al-Qaeda, o acusado se negou a responder aos juízes, recusou o advogado que lhe foi oferecido e disse não ter intenção de considerar as acusações.
"Não direi que não faço parte da Al-Qaeda. Continuaremos nossa Jihad e nada vai nos deter", afirmou o iemenita.
Bahlul também reafirmou sua fidelidade a Osama bin Laden, confirmando ter sido o "homem da mídia" na organização terrorista.
A imprensa e diversos observadores internacionais foram convidados a assistir à inauguração de um novo espaço para os processos, parte de um complexo de US$ 12 milhões construído pelo Pentágono para receber as "comissões militares", tribunais especiais criados para a luta contra o terrorismo e até agora ainda inéditos.
Durante a audiência de Bahlul, no entanto, um blackout deixou os presentes por alguns minutos no escuro, enquanto os observadores, recebidos em uma sala separada por painéis de vidro, não puderam escutar as falas da sala principal devido ao mau funcionamento do sistema de áudio.
