Nem o dinheiro da presidente Cristina Kirchner para viagens de Estado está resguardado da ação dos bandidos na Argentina. Um funcionário da Casa Rosada, sede do Executivo, denunciou que ontem sofreu um roubo de US$ 68 mil e 17 mil euros destinados às diárias da viagem da presidente ao Oriente Médio.

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De acordo com a agência argentina de notícias DyN, Rodolfo Natalio Stefanon, de 40 anos, lotado na Casa Militar, ligada à Secretaria Geral da Presidência, denunciou o roubo na tarde de hoje. Segundo a denúncia, Stefanon retirou o dinheiro da Tesouraria Geral da Presidência, entrou em um carro oficial com um acompanhante desarmado e um motorista. Em lugar de ir diretamente à base aérea, onde a presidente Cristina Kirchner deve embarcar hoje às 20 horas (de Brasília), o empregado decidiu passar pela casa dele no bairro portenho de Villa Crespo.

Ao descer do carro, dois ladrões, um a pé e outro em uma moto, o ameaçaram com um revólver e levaram a sacola com o dinheiro destinado a custear a viagem de 10 dias que a presidente inicia hoje ao Kuwait, Catar e Turquia. A Casa Rosada determinou uma investigação interna para saber se algum servidor facilitou a informação aos bandidos.

Por se tratar de um crime contra o Estado, o assunto está na esfera da Justiça Federal. Há alguns meses, diante de uma série de protestos da população contra a onda de assaltos e assassinatos em Buenos Aires, Cristina chegou a dizer que se tratava apenas de uma “sensação de insegurança”.

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