Os funcionários do Departamento de Estados examinaram indevidamente os arquivos do passaporte dos três candidatos à presidência, os senadores democratas Barack Obama e Hillary Rodham Clinton e o senador republicano John McCain, informou nesta quarta-feira (21) o departamento. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, pediu desculpas a Obama antes de as outras quebras de privacidade fossem descobertas.

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Dois prestadores de serviço foram despedidos. O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, disse que um prestador de serviço que acessou os arquivos de Obama foi repreendido, mas não demitido, também examinou o arquivo de McCain sem autorização. "Estamos analisando nossas opções em relação a essa pessoa", disse McCormack. Ele disse que a pessoa que abriu o arquivo de Hillary é funcionária do Departamento de Estado.

Esses episódios despertaram dúvidas se essas ações por parte do governo Bush tiveram motivação política. Rice disse, hoje, que desculpou-se com Obama pela violação da segurança no qual três prestadores de serviço do Departamento de Estado examinaram seu arquivo em três ocasiões este ano. "Eu disse a ele que lamentava e que eu mesma estava muito contrariada", disse Rice aos jornalistas. Mais tarde, Hillary emitiu uma declaração dizendo que Rice lhe contara que o arquivo de seu passaporte fora violado em 2007.

O departamento não pretende revelar o nomes daqueles que foram dispensados ou repreendidos, nem o nome das duas empresas para as quais eles trabalhavam. O deputado democrata Henry Waxman, presidente do Comitê de Supervisão e Correção do Governo da Câmara Federal, enviou uma carta a Rice solicitando que revele o nome das empresas prestadoras de serviços, alegando que tais informações são de interesse público.

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Além do acesso ao arquivo, as informações poderão permitir aos críticos de Obama cavoucar profundamente na vida pessoal dele. Embora o arquivo inclua data e lugar de nascimento, endereço na época do pedido e os países para os quais ele já viajou, o detalhe mais importante é o número do seu Seguro Social, que pode ser usado para extrair registros de crédito e outras informações pessoais. Nos Estados Unidos, o cartão da Segurança Social equivale à carteira de identidade nacional, e seu número é usado amplamente como um número de identificação.