O governo do Paquistão assegurou que suas armas nucleares estão em segurança e que não há risco de elas serem tomadas por militantes da milícia fundamentalista islâmica Taleban ou da rede extremista Al-Qaeda, que começam a assumir o controle de áreas além das regiões fronteiriças com o Afeganistão.
Respondendo a comentários do antigo embaixador americano na Organização das Nações Unidas (ONU) John Bolton e de outros conservadores em Washington, o porta-voz do Ministério do Exterior paquistanês, Mohammed Sadiq, disse que "existem múltiplas cadeias de comando e controle e as armas não correm o risco de cair nas mãos" de nenhuma entidade hostil. "O programa nuclear do Paquistão é muito bem guardado", frisou.
O arsenal nuclear paquistanês há muito é motivo de preocupação para os Estados Unidos. Em 2004, Abdul Qadeer Khan, considerado o pai do programa nuclear do Paquistão, confessou ter transferido tecnologia sensível para Irã, Líbia e Coréia do Norte. Desde então, Khan tem sido confinado em sua casa na capital, Islamabad.
Na semana passada, Bolton defendeu que os Estados Unidos deveriam apoiar o general presidente Pervez Musharraf – que decretou estado de emergência no país em 3 de novembro restringindo as liberdades civis – para proteger o arsenal nuclear de fundamentalistas islâmicos. A questão da segurança, para Bolton, se sobrepõe à questão de liberdades democráticas.
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