Os grupos argentinos Mindlin e Miguens fizeram uma parceria estratégica para adquirir os ativos da empresa de combustíveis Esso no país. O anúncio foi feito por Marcelo Mindlin, diretor-presidente da Pampa Holding, à presidente Cristina Fernández de Kirchner, durante reunião na Casa Rosada.

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O surgimento dessa aliança ameaça complicar a candidatura da Petrobras, que ambiciona comprar os ativos da Esso argentina. Paradoxalmente, o novo rival da Petrobras nessa disputa esteve associado à estatal brasileira durante vários anos na Transener (empresa que a Petrobras teve de abandonar – para evitar uma posição monopolista, após comprar a energética Pérez Companc). Os vínculos com o Brasil também ocorrem em relação ao grupo Miguens-Bemberg, que foi até 2002 o dono da cervejaria Quilmes, ano em que vendeu a empresa para a belgo-brasileira AmBev.

O caso da Esso seria discutido na reunião que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner terão em Buenos Aires, em 22 de fevereiro. Segundo informações extraoficiais, o governo argentino não descarta uma aliança entre um grupo local (Mindlin-Miguens, Eskenazy, entre outros) e a Petrobrás para a compra dos ativos da Esso.

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