Buenos Aires – Um grupo de parlamentares argentinos pretende trazer os restos mortais do líder guerrilheiro Ernesto “Che” Guevara para o país. A operação de “repatriação” dos ossos de um dos argentinos mais famosos do século 20 uniu deputados do Partido Justicialista (Peronista) e a União Cívica Radical (UCR). Eles argumentam que Guevara, embora tenha alcançado a fama de ícone da rebeldia juvenil mundial graças aos anos de guerrilha em Cuba, na África e na Bolívia, é essencialmente argentino. Por isso, afirmam, deveria ser enterrado em sua terra natal.

O “Che” nasceu na cidade de Rosario. Na adolescência, foi estudar medicina em Buenos Aires. Posteriormente, acompanhado por um amigo, partiu em uma motocicleta pelas estradas da América Latina. Em 1955, no México, conheceu o cubano Fidel Castro, que organizava um pequeno grupo de guerrilheiros com o qual, em 1959, tomaria o poder em Havana. Guevara tornou-se ministro da Indústria e presidente do Banco Central depois da revolução. Mas, pouco tempo depois foi lutar no Congo e na Bolívia, onde foi fuzilado em 1967.

O deputado de centro-direita Federico Pinedo ironizou o projeto: “Na Argentina vamos de mal a pior porque estamos mais preocupados com quem está enterrado do que com os que que estão fora do cemitério”. Ícone da revolução cubana, Che rende divisas para Cuba até hoje, em turismo, posters, fotografias, camisetas, chaveiros e até rum.

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