Habitantes da província argentina de Mendonza, na fronteira com o Chile, foram reprimidos pela polícia após lançarem pedras contra um micro-ônibus que transportava um homem com sintomas da gripe A (H1N1).
Os moradores do departamento de Godoy Cruz tentavam impedir que os passageiros do micro-ônibus, a maioria turistas provenientes do Chile, fossem atendidos no hospital local.
Fontes da região confirmaram que os policiais dispararam balas de borracha para o ar para reprimir a população, que atirava pedras contra o veículo. Segundo relatos, o micro-ônibus chegou ao Hospital Lencina, por volta das 19h40 locais de ontem.
As autoridades da província haviam determinado que os 43 passageiros fossem examinados após um deles ter apresentado quadro de sintomas compatível com a nova gripe, que já atingiu 42 países do mundo com 11.168 casos, segundo último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O secretário de Saúde de Mendoza, Sergio Saracco, relatou que o passageiro, que apresentava febre alta, havia sido examinado pelos médicos no posto de fronteira de Horcones, que une a Argentina ao Chile, na Cordilheira dos Andes.
Depois que o caso foi detectado, as autoridades pediram a todos os passageiros do micro-ônibus para que usassem máscaras, para evitar o contágio, e os encaminhou para o hospital.
Após examinarem os passageiros, os médicos do Hospital Lencina decidiram que apenas sete pessoas, que estavam sentadas próximo ao homem com sintomas, deverão permanecer internadas.
Por sua parte, o subsecretário de Saúde da província, Pedro Masman, destacou ontem em declarações à imprensa que a polícia “atuou de maneira oportuna” porque detectou o caso ainda na fronteira entre os dois países.
O governo da província informou que os controles na fronteira com o Chile foram reforçados para evitar novos casos de gripe proveniente do país vizinho, onde foram detectados 25 casos da doença.