Argentina restringe compra de TVs do País até setembro

Os televisores fabricados na zona franca de Manaus continuarão sendo alvo de medidas de salvaguardas para entrar no mercado argentino. Na segunda-feira, o Boletim Oficial (o diário oficial argentino) publicou a medida que determina que o governo manterá uma cota para o ingresso dos aparelhos provenientes de Manaus.

Mas o governo da presidente Cristina Fernández de Kirchner deu um sinal de que as medidas contra os televisores brasileiros será mais breve do que nos anos anteriores. Enquanto que a salvaguarda em 2007 vigorou doze meses, de janeiro a dezembro, desta vez, em 2008, a medida será aplicada somente durante nove meses, até setembro. A expectativa é que esta será a última prorrogação da medida.

As primeiras restrições surgiram em 2004, quando o então governo do presidente Néstor Kirchner determinou a aplicação de tarifas alfandegárias para a entrada dos televisores Made in Manaus. Em 2005, a restrição adquiriu o formato de uma cota. Essa restrição a pedido dos empresários argentinos do setor, foi prorrogada a cada ano.

Os empresários nativos alegavam que precisavam recuperar sua capacidade de produção. Segundo eles, as indústrias brasileiras estavam "depredando" o setor na Argentina.

De acordo com as determinações do governo na ocasião, somente poderiam entrar no mercado argentino um volume de televisores equivalente a 10% do mercado local (cujo tamanho real sempre foi alvo de polêmica entre empresários brasileiros e argentinos).

A cota a ser aplicada até setembro será de 175.244 unidades.

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