Buenos Aires, 26/07/2014 – O governo da Argentina pediu tranquilidade à população neste sábado, dias antes do prazo final de 30 de julho, quando o país pode ser levado a um novo calote da dívida soberana. “Os argentinos têm de permanecer tranquilos, porque a vida segue andando e o governo vai defender os interesses do país e garantir que o sistema econômico siga funcionando”, disse o chefe de gabinete, Jorge Capitanich.

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Segundo ele, a Argentina precisa de tempo para negociar com os credores que não participaram da reestruturação da dívida (os chamados “holdouts”) e por isso o juiz norte-americano que cuida do caso deve aprovar a cláusula “stay”, que impede a execução da sentença.

Capitanich defendeu a estratégia de negociação da Argentina. Segundo ele, o país mantém “uma postura de diálogo para favorecer uma negociação em condições justas e equitativas”. Questionado sobre o risco de o governo ter seus bens embargos pela justiça dos EUA, caso não haja acordo com os holdouts, o ministro minimizou a questão. “Ao longo do processo de reestruturação da dívida o país teve 900 embargos e cerca de 130 ainda continuam com algum grau de execução no âmbito internacional”.

Ressaltando que 93% dos credores aceitaram a reestruturação da dívida, Capitanich brincou e disse que essa é a primeira vez na história da humanidade em que se questiona um país que quer pagar suas dívidas. Ontem, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que o país está sendo “agredido por capitais especulativos de forma absolutamente imerecida”. Fonte: Associated Press.

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