O governo da Argentina acusou nesta terça-feira o ex-chefe de espionagem Antonio Stiuso de contrabando, ao criar um esquema que trouxe 100 toneladas de produtos importados ao país.

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Stiuso, também conhecido como “Jaime”, era um colaborador próximo do promotor de Justiça Alberto Nisman, e trabalhou junto com ele nas investigações sobre o atentado a um centro judaico em 1994, que terminou com a morte de 85 pessoas.

De acordo com Oscar Parilli, que se tornou chefe da Secretaria de Inteligência em dezembro e é aliado da presidente Cristina Kirchner, Stiuso participou de um grupo que teria importado ilegamente produtos eletrônicos e outros equipamentos entre 2013 e 2014. Parilli acusou Stiuso de se utilizar de uma lei específica que permite aos membros da inteligência importar equipamentos secretos sem pagar impostos ou revelar detalhes sobre as transações, inclusive à alfândega.

“Isto é claramente contrabando, uma vez que os produtos não tinham nada a ver com o serviço secreto”, disse Parilli. Segundo ele, a maioria dos produtos veio de Miami, mas eles não sabem exatamente o que foi trazido. Os oficiais suspeitam entretanto, que entre os produtos estejam videogames, celulares e laptops.

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Stiuso foi demitido em dezembro por Cristina, poucas semanas antes do promotor Nisman revelar que poderia envolver a presidente na acusação sobre os atentados de 1994. Desde então, o governo tem lutado para conter a crise política que se sucedeu, e cujo ápice foi a morte de Nisman. Fonte: Dow Jones Newswires.