A presidente argentina, Cristina Kirchner, completou no mês passado três anos de governo. Resta-lhe apenas mais um ano na Casa Rosada, mas o governo quer que ela dispute e ganhe as eleições presidenciais previstas para daqui a dez meses.
Recentemente, vários de seus ministros afirmaram que ela está no páreo. O chanceler Héctor Timerman declarou que “não vislumbra outro candidato”, pois a presidente é a “opção natural” do governo.
Esse foi o primeiro aniversário de posse da presidente sem o marido. O ex-presidente Néstor Kirchner, considerado o verdadeiro poder no governo de Cristina, morreu em 27 de outubro. Primeiro, a Casa Rosada viveu uma etapa de paralisia. Depois, a administração ficou desorientada pelas disputas entre ministros disciplinados até então pelo temperamental Néstor.
Para piorar, o último escândalo do site WikiLeaks revelou que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, estava preocupada com a “saúde mental” da presidente argentina e perguntava a seus diplomatas quais remédios ela tomava.
Nas últimas semanas, Cristina adotou uma nova posição, que inclui a moderação do discurso, a reaproximação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) – órgão que seu marido abominava – e a redução das críticas à imprensa. Analistas afirmam que seu último ano de mandato pode ser significativamente diferente do tempo marcado pela presença de Kirchner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.