Os argelinos vão às urnas nesta quinta-feira para votar nas eleições presidenciais, que poderão dar mais um mandato de cinco anos para o atual presidente, Abdelaziz Bouteflika. A Argélia, país rico em petróleo e gás, sofre com um elevado desemprego da sua população jovem e a atividade de um braço terrorista da rede Al-Qaeda.
A oposição de esquerda, que também reúne os islamitas que não estão na clandestinidade, pediu um boicote geral às eleições. Bouteflika, eleito com apoio do exército em 1999 e reeleito em 2004, conta com o apoio de todo o aparato de Estado. O presidente mudou a Constituição no final do ano passado para concorrer mais uma vez.
A votação começou antes no deserto no sul do país, onde a Rádio Nacional da Argélia informou que 75% dos nômades do Saara já votaram. A campanha de Bouteflika disse que o presidente deseja um comparecimento de 60% do eleitorado e previu que vencerá com 75% dos votos. Ele enfrentará nas urnas cinco opositores de perfil discreto, que não conseguiram desafiar sua mensagem de continuidade e reconciliação, após a insurgência islamita que devastou o país do Magreb na década de 1990 e deixou mais de 200 mil mortos.