O diretor da principal associação que trabalha pelas vítimas argelinas dos testes nucleares realizados pela França, nos anos 1960, rejeitou hoje uma indenização de Paris, alegando que exige que a França reconheça que o ocorrido foi um “crime contra a humanidade”.
Abderrahmane Lagsassi disse à Associated Press hoje, no 50º aniversário do primeiro teste nuclear realizado em Reggane, no sul da Argélia, que a indenização decidida em dezembro pelo Parlamento francês é “humilhante”.
Segundo Lagsassi, os argelinos serviram como “cobaias para permitir que a França adquirisse armas atômicas”. De acordo com ele, as pessoas continuam sofrendo com problemas respiratórios, câncer de pele e outras doenças. Além disso, eles querem que a área seja descontaminada e que seja construído um hospital.
A lei francesa diz que as indenizações serão arbitradas caso a caso.