A Arábia Saudita considerou 11 pessoas culpadas pelo assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi dentro do consulado saudita em Istambul no ano passado. Um crítico da liderança saudita, Khashoggi foi morto brutalmente por agentes do governo dentro do consulado saudita na cidade turca em outubro de 2018.
Cinco pessoas serão executadas e outras três ficarão presas por 24 anos, segundo um comunicado da promotoria pública nesta segunda-feira. A promotoria disse que dois graduados funcionários sauditas, o ex-vice-chefe de inteligência Ahmed Al Assiri e o ex-consultor real Saud Al Qahtani, não foram acusados. Ambos já foram liberados. “As investigações sobre a dupla mostrou que não havia intenção anterior de matar Khashoggi”, diz o comunicado.
Uma investigação da CIA concluiu no ano passado que o príncipe saudita Mohammed bin Salman determinou o assassinato. Riad nega envolvimento do príncipe.
A morte prejudicou a imagem global do príncipe e estremeceu a aliança com os Estados Unidos. A notícia provocou desaceleração em investimentos no reino e complicou os planos do príncipe de reformar a economia saudita, tornando-a menos dependente de petróleo.
O veredicto é divulgado após a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) neste mês da Saudi Aramco, que levantou US$ 25,6 bilhões, novo recorde, mas não conseguiu atrair capital estrangeiro suficiente na avaliação de US$ 1,7 trilhão sobre o valor da empresa. Fonte: Dow Jones Newswires.