Grupos de ajuda humanitária começaram a fazer entregas de suprimentos humanitários no Iêmen, enquanto a Arábia Saudita e os rebeldes houthis trocavam acusações de violação da trégua humanitária nesta quarta-feira, horas após o cessar-fogo entrar em vigor.
Toda a ajuda para o Iêmen nos próximos cinco dias do cessar-fogo será processada pelo Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas, que disse que enviará porções de comida para 750 mil pessoas, com planos de enviar 14 mil toneladas de alimentos para o Iêmen de seus depósitos no pequeno Djibuti, um país no Chifre da África.
A diretora do Programa Alimentar Mundial no Iêmen, Purnima Kashyap, disse esperar que todas as partes cumpram a trégua, para garantir a ajuda humanitária. A Islamic Relief Worldwide, uma entidade sediada no Reino Unido, anunciou que pretende levar 1.800 toneladas de alimentos ao país durante a trégua, mas suas operações dependiam da disponibilidade de combustível. No momento, a organização tem combustível apenas para entregar 300 toneladas.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que iria se concentrar nas entregas de suprimentos que já estão estocados no Iêmen. A organização deve se concentrar em áreas mais atingidas pelo conflito, como Áden, Saada e Taiz.
Hoje, o rei saudita, Salman, disse que seu país doará mais US$ 267 milhões para ajuda humanitária ao Iêmen, totalizando mais de US$ 540 milhões já comprometidos pelo país.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa saudita acusou os rebeldes apoiados pelo Irã de disparar em duas regiões do sul iemenita. Não houve feridos, e o ministério disse que não retaliará.
Já os rebeldes houthis culparam Riad por romper primeiro a trégua, dizendo que as forças lideradas pelos sauditas realizaram ataques em quatro províncias iemenitas antes do amanhecer da quarta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.