A Arábia Saudita pediu ontem que a Corte Federal de Manhattan rejeite um processo que a responsabiliza pelos ataques terroristas de 11 de setembro, sob a alegação de que uma lei aprovada pelo Congresso em 2016 que ressuscitou as acusações não é suficiente para se sobrepor à falta de provas.

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Advogados do país escreveram em documentos apresentados à Corte que a legislação que remove alguns obstáculos legais do processo “não permitem que os queixosos sigam adiante contra a Arábia Saudita sem alegações plausíveis e evidências qualificadas para apoiar seu caso”.

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Dos 19 homens que sequestraram quatro aviões nos ataques de 2001, 15 eram sauditas. Documentos mostram que os investigadores americanos inquiriram alguns diplomatas sauditas e outras pessoas com ligadas ao governo do país que tiveram contato com os sequestradores depois da chegada deles aos Estados Unidos. O relatório da Comissão do 11/09 não encontrou “provas de que o governo saudita ou seus funcionários sênior financiaram individualmente” os ataques planejados pela Al-Qaeda, mas a Comissão também apontou “a probabilidade” de que instituições de caridade apoiadas pelo governo tenham feito isso.

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Para os advogados sauditas, decisões judiciais recentes deixam claro que “os tribunais devem fazer um exame minucioso sobre essas alegações e provas antes de decidir sobre uma ação contra uma soberania estrangeira. As acusações não vão se sustentar após essa análise e devem, mais uma vez, serem dispensadas”.

Um grupo de Nova Jersey que representa famílias e sobreviventes do 11 de setembro afirma que há provas suficientes a serem consideradas.

“As famílias das vítimas e sobreviventes do 11 de setembro entregaram dezenas de relatórios do FBI e declarações relacionadas ao envolvimento saudita nos ataques, então não deveria ser uma surpresa para ninguém que o Reino da Arábia Saudita e seus caros advogados ainda estão tentando se esconder atrás de argumentos processuais sem base”, afirmou Terry Strada, presidente nacional da organização Famílias e Sobreviventes do 11/09 Unidos por Justiça Contra Terrorismo.

Segundo ela, a lei foi aprovada para “garantir que os sauditas finalmente sejam forçados a lidar com esse caso e estamos ansiosos para finalmente ter nosso dia no tribunal”. Fonte: Associated Press.