A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, deteve 113 militantes ligados à Al-Qaeda e acusados de planejar ataques contra instalações petrolíferas e de segurança do reino, informou hoje a agência estatal de notícias Saudi Press Agency (SPA). De acordo com o governo, o grupo terrorista era composto por 47 sauditas e 51 pessoas de Bangladesh, Eritreia, Somália e Iêmen, disse a SPA, citando um comunicado do Ministério do Interior.
Além disso, foram detidas duas células que estavam trabalhando independentemente uma da outra nos estágios iniciais de planejamento de ataques contra instalações petrolíferas e de segurança na província leste. Faziam parte desses grupos 11 sauditas e um iemenita, todos ligados a uma organização da Al-Qaeda no Iêmen. Não há informação sobre a nacionalidade dos outros três. A maioria dos militantes foi detida na província de Jazan, sul do país, perto da fronteira com o Iêmen. As datas das prisões não foram divulgadas.
Cintos de explosivos, armas, câmeras, documentos e computadores também foram apreendidos. O Ministério do Interior disse que as prisões foram realizadas depois de uma investigação iniciada após um incidente em outubro, no qual dois supostos militantes da Al-Qaeda foram mortos numa troca de tiros após entrar no reino a partir do Iêmen, o mais pobre país árabe.
No início deste ano, um afiliado da Al-Qaeda no Iêmen, que compartilha uma fronteira de 1.500 quilômetros com a Arábia Saudita, emitiu novas ameaças contra os Estados Unidos e seus aliados no Oriente Médio, prometendo retaliar contra uma série de ações lançadas no mês passado em combate a seus líderes e esconderijos.
Base
Desde o ano passado, o Iêmen emergiu como uma das maiores e mais perigosas bases para operações da Al-Qaeda. Funcionários norte-americanos ligaram militantes da Al-Qaeda no Iêmen a dois ataques contra alvos norte-americanos, dentre eles a tentativa de explodir um avião comercial dos Estados Unidos, no dia de Natal, pelo nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, que afirmou ter recebido treinamento de integrantes da Al-Qaeda no país árabe.
As ocorrências no Iêmen, disseram funcionários norte-americanos, mostram a crescente habilidade da Al-Qaeda de organizar a jihad (guerra santa) contra os Estados Unidos e seus aliados, o principal objetivo do grupo terrorista. As informações são da Dow Jones.