A instabilidade política em Mianmar ajudou a transformar o país na principal fonte de pílulas de metanfetamina na região, de acordo com um relatório divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o comércio de drogas ilícitas no mundo.

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De 2008 para 2009, o país registrou um aumento de 20 vezes nas apreensões de comprimidos (passando de 1,1 milhão para 23,9 milhões), o que reflete a ampliação da demanda por drogas no Sudeste Asiático e da produção em áreas fronteiriças turbulentas.

Estimulantes com elevado potencial de causar dependência têm substituído a heroína, o ópio e a maconha entre os usuários de drogas em diversos países do Oriente e do Sudeste Asiático, segundo a ONU. Mianmar já foi a principal fonte de ópio do mundo, posto atualmente ocupado pelo Afeganistão.

A produção de metanfetaminas continua “em níveis altos e alarmantes”, afirmou, por meio de nota, Gary Lewis, da regional da ONU para o Leste Asiático e o Pacífico. “Essa situação coloca um sério desafio para as agências de aplicação de leis, porque os produtos químicos essenciais usados na produção das pílulas são facilmente obtidos”, completou Lewis.

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Amplas áreas de fronteira de Mianmar contam com pouca ou nenhuma vigilância, o que torna a região ideal para produção e tráfico de drogas. Por muitos anos, o chamado Triângulo Dourado, que abrange Mianmar, Tailândia e Laos, foi a maior fonte mundial de heroína. Na última década, com a produção de ópio concentrada no Afeganistão, a região oriental tornou-se favorável à produção de metanfetaminas. As informações são da Associated Press.