As eleições na Índia, que se prolongaram por um mês, foram encerradas hoje. O comparecimento às urnas foi de aproximadamente 60%, anunciou a comissão eleitoral, um pouco acima dos 58% registrados nas últimas eleições nacionais, em 2004. Os resultados serão divulgados a partir de sábado, mas pesquisas realizadas pelos meios de comunicação indianos indicam que o Partido do Congresso está um pouco à frente da aliança opositora nacionalista hindu.
A votação de hoje foi a quinta e última fase das eleições no país de quase 1,2 bilhão de pessoas. O pleito foi dividido por razões de logística e de segurança. Mais de 100 milhões de eleitores, em nove Estados, estavam aptos a votar hoje, escolhendo 86 das 543 cadeiras da câmara baixa do Parlamento. No total, 714 milhões de eleitores votaram em mais de 828 mil locais de votação, instalados dos declives do Himalaia até a costa tropical do sul.
Protestos
A segurança foi reforçada no norte da Índia, para onde foram levados mais de 68 mil soldados paramilitares e também no Estado de Jammu-Kashmir, no Himalaia, onde separatistas lideraram um boicote à eleição. Protestos violentos ocorreram na vila de Seelu, na Caxemira, depois que moradores disseram que soldados espancaram habitantes locais por não votarem. Tiros foram disparados para o alto com o objetivo de dispersar a multidão. Um funcionário eleitoral ficou ferido ao ser atingido por uma pedra e um carro da polícia foi queimado, disse B. Srinivas, o principal oficial de polícia do Estado. Também ocorreram protestos em outros quatro locais de votação e sete pessoas foram detidas, disse Srinivas.
Pelo menos quatro policiais ficaram feridos na noite de ontem quando manifestantes contrários às eleições atiraram pedras e queimaram um carro da polícia em Baramulla, uma cidade a 55 quilômetros ao norte de Srinagar, a principal cidade de Jammu-Kashmir. No Estado de Bengala Ocidental, uma pessoa morreu num ataque a bomba que, segundo a polícia, tem ligação com as eleições, disse o oficial de polícia Raj Kanojia. Dezenas de milhares de forças de segurança se espalharam pelos distritos de Bengala Ocidental com o objetivo de evitar os confrontos que marcaram as últimas eleições no Estado.