Após intensos protestos de grupos étnicos, Nepal aprova nova Constituição

A Assembleia Constituinte do Nepal aprovou nesta quarta-feira por maioria esmagadora uma nova Constituição nacional que tinha sido adiada por anos por causa das diferenças entre os principais partidos políticos.

O porta-voz, Subash Nemwang, anunciou que a nova Constituição foi aprovada por 507 votos contra 25, do total de 601 assentos. A votação foi boicotada pelos partidos de oposição menores que constituem 9% do conjunto.

Os membros da Assembleia explodiram em aplausos e levantaram as mãos em comemoração depois que o anúncio foi feito.

A Constituição, que será formalmente promulgada pelo presidente, Ram Baran Yadav, no domingo, foi aprovada, apesar dos protestos de grupos étnicos minoritários.

A nova Constituição irá dividir o Nepal em sete províncias federais. Alguns grupos étnicos discordam com a maquiagem, as fronteiras e o tamanho das províncias.

Houve semanas de protestos violentos contra o projeto no sul do Nepal. Mais de 40 pessoas foram mortas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança, as autoridades impuseram toques de recolher em várias cidades do sul.

Os membros da Assembleia tinham votado partes do projeto da Constituição no domingo passado e a votação final sobre o documento completo foi realizada nesta quarta-feira.

A constituição foi adiada por anos de divergências entre os principais partidos políticos, e sua aprovação é considerada como uma grande conquista para eles. Os três principais partidos finalmente chegaram a um acordo este ano, possibilitando o processo de seguir em frente.

Na celebração, o governo declarou feriados no domingo e na segunda-feira e exortou o público a acolher a nova Constituição.

O Nepal estava sob uma Constituição provisória desde que protestos pró-democracia forçaram o então rei Gyanendra a abandonar o seu regime autoritário e transformar o país em uma república. A Assembleia Constituinte eleita em 2008 não conseguiu elaborar um novo documento e outra assembleia foi eleita em 2013. Fonte: Associated Press.

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