Depois de ser criticada pelo mundo árabe, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, moderou os elogios feitos à proposta de Israel de refrear – mas não parar – a construção de assentamentos em áreas palestinas. Segundo ela, embora Israel esteja caminhando na direção certa, sua proposta “não atende” às expectativas norte-americanas. Hillary disse que os elogios foram no sentido de um “incentivo positivo”.

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As observações feitas no sábado pela secretária de Estado provocaram uma onda de críticas de países árabes, que interpretaram seus elogios como um abrandamento da posição dos EUA em relação aos assentamentos, um dos obstáculos à retomada das conversações de paz na região.

Questionada sobre as reações no mundo árabe, Hillary leu um comunicado que parecia ter como objetivo refutar o ceticismo quanto à posição do governo de Barack Obama sobre esses assentamentos. “Sucessivos governos americanos de ambos os partidos se opuseram à política de colonização de Israel”, disse. “A posição do governo Obama no caso é clara, inequívoca e não mudou. Como disse o presidente em muitas ocasiões, os EUA não aceitam como legítima a continuação dos assentamentos por Israel.”

Porém, ela acrescentou que Israel merece ser elogiado por caminhar na direção certa. “Eu incentivarei qualquer uma das partes, quando acreditar que estejam adotando medidas que apoiam nosso objetivo de se chegar a uma solução de dois Estados.” Ontem, Hillary seguiu para a cidade de Ouarzazate, onde se encontrou com o rei Mohammed VI, retornando depois a Marrakesh para conversações com chanceleres de vários países do Golfo Pérsico.

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