O diretor de administração de antiguidades do Egito, Zahi Hawass, revelou hoje o grande trabalho de restauração do mais antigo monastério do mundo, com o objetivo de fazer com que o trabalho seja visto como um símbolo da coexistência pacífica entre muçulmanos e cristãos do país. Esta é a mensagem que o governo egípcio tem enfatizado desde que um tiroteio deixou sete mortos na véspera do Ano Novo ortodoxo em um igreja no sul do país.

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“O anúncio de hoje mostra ao mundo que somos interessados em restaurar monumentos de nosso passado, sejam eles coptas, judeus ou muçulmanos”, disse ele, referindo-se à seita cristã dominante do Egito. A restauração do monastério de Santo Antônio, construído 1.600 anos atrás, demorou 8 anos e teve um custo de US$ 14,5 milhões. O monastério está situado nas rochosas montanhas do deserto, perto da costa egípcia do Mar Vermelho.

Foi nesse lugar remoto que, no fim do século III, o renomado asceta Santo Antônio fixou residência numa caverna, com pouco mais de uma nascente d’água e algumas palmeiras para sustentá-lo. Após sua morte em 356 d.C, seus seguidores construíram celas e criaram o primeiro monastério cristão do mundo, que atualmente abriga 120 monges, e é o local onde foram enterrados quatro santos e onde há uma igreja antiga com pinturas da Idade Média.

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