Pelo menos quatro pessoas morreram ontem em confrontos com as forças de segurança da Líbia, afirmaram hoje sites da oposição e organizações não governamentais. Ativistas convocaram pela internet um “dia de fúria” hoje.

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Os sites e um grupo pelos direitos humanos da Líbia sediado em Londres afirmam que os confrontos com mortes entre os manifestantes contrários ao regime de Muamar Kadafi ocorreram ontem, na cidade de Al-Baida, leste do país. “As forças de segurança interna e milícias dos Comitês Revolucionários usaram munição de verdade para dispersar uma manifestação pacífica de jovens de Al-Baida”, afirmou a ONG Libya Watch. A entidade diz que pelo menos quatro pessoas morreram e “várias ficaram feridas”.

A escala dos protestos hoje será um teste para Kadafi, de 68 anos, no poder desde 1969. Na segunda-feira, as manifestações reuniram 4 mil pessoas. Ontem, o número subiu para 9.600. A população local se inspira nos levantes ocorridos em Tunísia e Egito, que culminaram com a queda dos governantes.

O jornal Quryna afirmou que as forças de segurança e os manifestantes entraram em confronto na noite de terça-feira, em Benghazi, segunda maior cidade do país, também no leste da Líbia. O diretor de um hospital da cidade, Abdelkarim Gubeaili, afirmou que 38 pessoas se feriram levemente nos distúrbios. Já um partido próximo do filho de Kadafi, o Seif al-Islam, afirmou que a polícia apenas interveio para acabar com um confronto entre partidários do líder e oposicionistas.

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Os protestos hoje devem lembrar a morte de 14 pessoas durante uma manifestação muçulmana ocorrida em Benghazi, em 17 de fevereiro de 2006. Além disso, os manifestantes pedem democracia e melhorias econômicas.

A Grã-Bretanha e a União Europeia pediram comedimento às autoridades da Líbia. O país melhorou sua relação com o Ocidente na última década, após anos de isolamento. As informações são da Dow Jones.

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