As armas do grupo islâmico Hamas entram na Faixa de Gaza por túneis que ligam o território palestino com o Egito, segundo o Exército de Israel. Para que um cessar-fogo funcione, dizem os israelenses, teria de ser criada uma fórmula que impeça que esse contrabando de armamento continue. Sem colocar a culpa no governo do presidente egípcio, Hosni Mubarak, que tem sido um aliado leal no atual confronto na Faixa de Gaza, Israel sente que o país vizinho poderia se esforçar mais para evitar a entrada de armas e acha necessário que forças internacionais contribuam para a segurança da fronteira no lado palestino.

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A linha que separa a Faixa de Gaza do Egito tem pouco mais de dez quilômetros. Mas essa fronteira está fechada desde que o Hamas derrotou as forças do Fatah na disputa pelo poder nesse território palestino em meados de 2007. O Egito não reconhece a autoridade do grupo islâmico e tampouco abrirá a passagem de Rafah enquanto não houver uma força internacional do outro lado – adotando a mesma posição de Israel. O analista Amr Hamzawy afirmou em debate no Carnegie Endowment For Peace, em Beirute, que essa posição se deve em parte por acordos internacionais assinados pelo Egito, que impedem o país de abrir a fronteira se a Autoridade Palestina não estiver no poder.

Os egípcios argumentam que têm feito o suficiente para controlar a construção dos túneis do seu lado da passagem de Rafah. Além disso, afirmam que a maior parte do armamento chega a Gaza em barcos, burlando o controle marítimo do território, que é dos israelenses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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