Apesar da ExxonMobil estar sofrendo com as sanções contra a Rússia, o mesmo não pode ser dito para outras grandes empresas de energia ocidentais ou para a produção de petróleo de Moscou. As sanções, postas em prática pelos Estados Unidos e pela União Europeia em 2014, após a anexação da região da Crimeia pela Rússia, destinavam-se a limitar a busca de Moscou por novas tecnologias para a extração de mais petróleo e gás natural.
Essas condições afetaram negativamente a ExxonMobil, já que a perfuração em algumas áreas estava no coração de um acordo da empresa com a estatal PAO Rosneft. A companhia buscou uma isenção de sanções dos EUA para perfurar no Mar Negro, mas o pedido foi rejeitado no mês passado pelo governo de Donald Trump.
Ao mesmo tempo, alguns dos rivais europeus da empresa estão avançando com projetos na Rússia, muitos em parcerias iniciadas antes das sanções. A BP foi autorizada a manter sua participação de quase 20% na Rosneft, que contribuiu com US$ 590 milhões para seu lucro líquido no ano passado.
Já a italiana Eni está se preparando para perfurar um poço no Mar Negro ainda neste ano, como parte de uma parceria com a Rosneft, e também planeja explorar as águas do Ártico no Mar de Barents, na Rússia. A empresa prosseguiu porque a UE permitiu que as parcerias em vigor no momento das sanções continuassem, segundo a Eni. Fonte: Dow Jones Newswires.