O governo do Reino Unido estuda o uso de critérios de aparência física para selecionar passageiros que serão submetidos a revistas mais rigorosas nos aeroportos do país, que incluirão a passagem pelo polêmico scanner corporal. Os scanners causam controvérsia na Europa por invadir a privacidade ao expor aos controladores as formas do corpo humano.
A “escolha” aleatória dos passageiros que serão submetidos a revistas mais detalhadas será uma necessidade. Os novos scanners corporais que o país pretende adotar são caros demais – em torno de R$ 280 mil por unidade -, grandes demais e lentos demais para que seu uso seja generalizado. A informação foi divulgada pelo jornal britânico “The Guardian”, que ressaltou que grupos étnicos e religiosos temem ser os mais visados por causa da aparência física característica.
De acordo com empresas que administram aeroportos no Reino Unido, o uso do scanner pressupõe uma pré-seleção dos passageiros, que se daria pelo contato visual. “Gostaríamos de ver uma combinação de tecnologia, inteligência e perfil dos passageiros”, afirmou o porta-voz da Airport Operators Association (AOA). “No entanto, um grupo particular de pessoas parecerá mais suspeito, porque, infelizmente, é este grupo que está apresentando o problema no momento.”