Neymar não está acostumado a perder. Campeão Paulista e da Copa do Brasil na temporada passada e do Sul-Americano Sub-20 há uma semana, o jovem jogador de 19 anos refutou, após a derrota para o Corinthians, neste domingo, no Pacaembu, a hipótese de cansaço.
“Mas não tem essa de cansaço, não. Valeu a pena jogar e honrar a camisa do Santos”, garantiu. A declaração do jogador, porém, contrasta com o que se viu no gramado do Pacaembu. No sábado passado à noite, ele jogou no Peru e comemorou o título sul-americano. Na terça, estava na Venezuela, na do Santos estreia na Libertadores. Neste domingo, não foi bem contra o Corinthians, pelo Paulistão.
“Não consegui partir para cima dos zagueiros hoje”, admitiu o craque de 19 anos, que acostumou a torcida com seu futebol-arte. O santista bem que tentou, buscou o jogo, mas não teve força para fugir na blitz corintiana, que armou uma marcação especial sobre o jovem craque.
A atuação apagada no clássico foi justificada pelo técnico Adilson Batista. “O Neymar é um ser humano, não uma máquina. É humanamente impossível jogar bem em todos os jogos. Ele estava na seleção e no terceiro jogo da sub-20 já estava atuando em um campo todo arrebentado”, lembrou.
“Hoje (domingo) foi difícil para ele. O Corinthians jogou fechado, o campo estava pesado por causa da chuva e o jogo foi truncado. Marcaram bem o Neymar. Mas logo ele descansa um pouco e volta a jogar o que todos querem”, garantiu Adilson Batista.