Ao receber o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na Casa Branca nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as relações entre os dois países nunca estiveram “tão fortes e tão boas” quanto agora, mas ressaltou que deseja diminuir o déficit americano nas relações comerciais com a Índia.

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Em um pronunciamento no jardim da Casa Branca, Trump comentou que seu governo deseja um comércio justo com a Índia e pediu para que haja uma remoção de barreiras a produtos americanos. Um acordo sobre gás natural será assinado entre as duas nações, “para fazer com que os preços subam”, segundo o republicano. Pouco antes, no Salão Oval, o presidente agradeceu a Modi pela compra de equipamentos militares americanos pela Índia, ressaltando que “não há ninguém que fabrique equipamentos militares como nós. Ninguém se aproxima [do nosso nível]”.

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O Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de US$ 365 milhões em uma aeronave de transporte militar C-17 para a Índia e também deverá aprovar a venda de US$ 2 bilhões em drones fabricados em território americano. Para o presidente americano, os dois países, juntos, “podem traçar um caminho de otimismo, que envolveria novas tecnologias”.

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Uma troca de elogios foi vista entre os dois líderes, apesar dos comentários de Trump quanto às relações comerciais. Trump disse que tem uma profunda admiração pela cultura e pelo povo indiano e que tem a Índia como um “amigo verdadeiro” na Casa Branca. Já Modi pontuou que vê Trump como um grande líder, principalmente em relação a questões de segurança.

O assunto, aliás, foi tema dos dois durante o pronunciamento. O republicano aproveitou o momento para dizer que, juntos, EUA e Índia irão “destruir o terrorismo radical islâmico” e que a questão da Coreia do Norte precisa ser “tratada com rapidez”. Modi, por sua vez, comentou que os dois países concordaram em aumentar a cooperação antiterrorista.

“A minha visão e a de Trump darão uma nova dimensão à cooperação entre a Índia e os EUA”, afirmou o premiê indiano. Para ele, o crescimento indiano é de interesse americano, além do objetivo dos dois países ser “o fortalecimento de nossas democracias”.